Família Oliveira Campos , Melo Campos e Cordeiro Valadares

Família Oliveira Campos , Melo Campos e Cordeiro Valadares

domingo, 25 de julho de 2021

Cerridwen

 "Eu lhe dou a vida, eu lhe dou a morte,

é tudo uma coisa só,você anda pelo caminho em espiral a caminho do eterno,
que é a existencia sempre se transformando,
sempre crescendo, sempre mudando.
Nada morre que não nasça outra vez,
nada existe sem ter morrido.
Quando vir até a mim eu lhe darei as boas-vindas,
então o acolherei no meu útero,
meu caldeirão de transformação,
aonde você será misturado e peineirado,
fundido e triturado,
reconstituído e depois reciclado.
Você sempre volta para mim,
você sempre vai embora renovado,
morte e renascimento não são nada mais
que pontos de transição ao longo do caminho eterno."

fonte do texto: O Oráculo da Deusa; fonte da foto: bellovesos.multiply.com

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Biografia

Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco Souto Maior de Oliveira Campos, nasceu em Mariana-MG, aos 20 de agosto de 1752. Era filha de Dr. Jorge de Abreu Castello Branco(que mais tarde, após se tornar viúvo finalizou seus estudos eclesiásticos e ordenou-se padre), natural da cidade de Viseu, Portugal, e Dona Jacinta Tereza da Silva, nascida na Ilha do Faial, que também pertencia a este reino.
Em 1763, Pe.Dr. Jorge de Abreu Castelo Branco, muda-se com a família para a cidade de Pitangui, onde Joaquina conhece Cap. Inácio de Oliveira Campos, com quem viria a se casar no ano seguinte, ela com apenas 12 anos de idade.
Capitão Inácio de Oliveira Campos era descendente de grada família paulista, filho de Inácio de Oliveira e Ana Campos Monteiro. Vale ainda ressaltar que era neto do grande Bandeirante que desbravara o sertão de Pitangui, Antônio Rodrigues Velho, também conhecido como Velho da Taipa. Após o casamento se mudaram para a fazenda de Nossa Senhora da Conceição, que pertencera a Antônio Pompeu Taques. A sede da fazenda era precária, sendo necessário construir uma nova residência para o casal. Os trabalhos de construção do Sobrado do Pompéu iniciaram no final do séc. XVIII e teve como construtor o mestre-carapina Tomé Dias. O solar era a sede de um feudo com cerca de 950.000 alqueires estendiam-se de Pará de Minas a Pitangui e de Pompeu até Paracatu.
quina, floresceu seu instinto empreendedor após a doença do marido _ Cap. Inácio ficara paralítico em uma de suas viagens ao sertão do Paracatu _ tendo que assumir a liderança da fazenda do Pompéu, organizou os vários currais espalhados pelo “sertão” das Minas Gerais implementando assim a criação do gado de corte. Segundo o historiador Marcus Flavio; ...em 1825, ano em que foi feito inventário dessa rica fazendeira, contavam com cerca de 43.560 cabeças de gado. Essa enorme boiada não encontrava saída apenas nos mercados das Minas, dirigindo-se para o Rio de Janeiro, e talvez, até mesmo para outras regiões do Brasil. Esta menção nos dá uma idéia do pioneirismo de Dona Joaquina, o que foi reconhecido em sua época pelas autoridades reais, pois ela solidificou seu nome após fazer doações de mantimentos para abastecer a corte faminta recém chegada de Portugal em 1808. Estas doações foram bem recebidas pelo Príncipe Regente Dom João(futuro Dom João VI) e isto ajudou em sua imagem comercial, firmando assim praça no Rio de Janeiro para a venda do gado e possivelmente de outro mantimentos provindos do Pompéu.
Recebeu uma expedição chefiada pelos Barões Von Eschwege(diretor do Real Gabinete de Mineralogia do Rio de Janeiro) e Freyreiss, respectivamente em 1811 e 1813. Ficaram hospedados no solar do Pompéu, e ao retornarem à Corte o Barão de Eschwege dedicou seu livro “Pluto Brasiliensis” à Matriarca de Pompéu e sua família. Barão Von Eschwege foi uma grande autoridade em assuntos da mineralogia brasileira, já então em queda naquela época, foi mentor de Goethe em seus estudos. Transcrevo um trecho da obra, traduzida por Dr. Domício de Figueredo Murta, no volume 2°, pag. 280 e 281: ...de Pitangui em diante viajamos por améns campos, banhados por numerosas lagoinhas, onde ao lado de uma jibóia, milhares de aves palustres aquáticas, grandes e pequenas ostentam a sua deslumbrante plumagem... Chegamos assim à fazenda do Pompéu que possui uma superfície de 150 léguas quadradas pelo menos. Ela é habitada unicamente pela proprietária deste principado, Dona Joaquina Bernarda, cujos súditos são as 40.000 cabeças de gado...
Fez também grandes doações por ocasião da iminente guerra da Independência em 1822, doando mais uma vez gado para o abastecimento das tropas. Segundo Agripa Vasconcellos, o patriotismo de Dona Joaquina era tão grande que durante o período em que se tratava da independência do Brasil de Portugal, ela “usava em sua roupa fitas na cor verde-e-amarelo” representando seu amor ao Brasil. Esteve com o Príncipe Dom Pedro na então capital da capitania, Vila Rica de Ouro Preto, quando de sua vinda à Minas Gerais. Segundo relatos da época “uma grande comitiva com mais de 10 mulas chegou a Vila Rica, parecia até o cortejo de um bispo”.
Foi uma grande senhora para sua época, das lendas que existem pouco se pode aproveitar. Se analisarmos a lógica da época e os documentos que existem, percebemos que era uma boa mãe, uma boa sinhá enfim uma grande matriarca a frente de seu tempo. Podemos concluir tudo isso com um exemplo simples e de conhecimento geral, mas que as pessoas nunca param para pensar. Este exemplo é o de Dona Joaquina ter mandado construir um cemitério Cristão para sepultar seus escravos, o que era inédito, pois estes cativos, na maioria das vezes eram tratados como animais, mas na fazenda do Pompéu eram tidos como Cristãos e quando faleciam tinha direito a missas e uma sepultura digna. Ou seja, todas as honras de um branco da época.
Dona Joaquina teve 10 filhos:
1°- Anna Jacinta de Oliveira Campos, casou-se com Thimóteo Gomes Valadares;
2°- Félix de Oliveira Campos, casou-se com Eufrásia Maria da Silva;
3°- Maria Joaquina de Oliveira Campos, casou-se com Cap. Luiz Joaquim de Souza Machado(de quem descende o autor)
4°- Jorge de Oliveira Campos, casou-se com Antônia Maria de Jesus;
5°- Joaquina de Oliveira Campos, casou-se com Antônio Álvares da Silva;
6°- Isabel Jacinta de Oliveira Campos, casou-se com Martinho Álvares da Silva;
7°- Inácio de Oliveira Campos, casou-se com Bárbara Umbelina de Sá e Castro;
8°- Anna Joaquina de Oliveira Campos, casou-se com João Cordeiro Valadares;
9°- Antônia Jacinta de Oliveira Campos, casou-se com Joaquim Cordeiro Valadares;
10°- Cap. Joaquim Antônio de Oliveira Campos, casou-se em primeiras nupcias com Claudina Cândida Lataliza França. Casou-se pela segunda vez com sua sobrinha Anna de Campos Cordeiro, filha de sua irmã Dona Antônia.
Destes filhos citados nasceu uma vasta descendência, composta por 87 netos, 333 bisnetos, 1108 trinetos, que originaram algumas famílias influentes como Castelo Branco, Lopes Cançado, Guimarães, Abreu e Silva, Cunha Pereira, Álvares da Silva, Machado(Souza Machado, Castro Machado, Serra Machado), Cordeiro, Valadares, Maciel, Oliveira Campos, Pinto Ribeiro, Adjuto, Sigaud, Vasconcelos, Capanema, Mascarenhas, Melo Franco, dentre outras. Desta prole nasceram grandes autoridades políticas, militares, religiosas; Benedito Valadares(governador de Minas Gerais), Afonso Arinos de Mello Franco(Ministro, embaixador e político), Gustavo Capanema(Político, foi ministro e Governador de Minas Gerais), José Magalhães Pinto(Governador de Minas Gerais), Ovídio de Abreu(deputado), Simão Viana da Cunha Pereira(deputado), Francisco Campos(ministro e jurista), Dom Carlos Carmelo Vasconcelos Motta(Cardeal Arcebispo de São Paulo e Aparecida), Dom Geraldo Proença Sigaud(Arcebispo de Diamantina), Milton Campos(governador de Minas Gerais) entre outro vários nomes que ilustram nossa História em vários cenários de atuação.
São poucas as mulheres que lutaram pelo Brasil e ajudaram em sua construção, Dona Joaquina é uma destas mulheres que marcaram seu tempo com suas histórias e mitos, não esquecendo sua importância e pioneirismo em relação às lutas de igualdade feminista em relação aos homens, não esquecendo que tudo isso se passou no final do século XVIII e início do século XIX. Hoje só temos a certeza de que foi uma das construtoras do Brasil, e por este motivo é necessário que resgatemos sua memória e seu projeto de engrandecimento de nossa terra, de nossa Centro-Oeste mineiro.

Hugo Henrique de Castro
Membro do Conselho Municipal do Conselho Histórico, Artístico e Cultural do Município de Pompéu e Estudante do 2°Período do Curso de Direito da UNIPAC-Bom Despacho-MG

Em 1804 o marido de Dª Joaquina veio a falecer, Inácio já se encontrava paralítico. A fazenda do Pompéu já de despontava como celeiro agrícola do país.

Em 1808 chega no Rio de Janeiro a Corte Portuguesa Fugidos de Portugal devido ao bloqueio de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica. Recém chegados ao Brasil Dª Joaquina Ajudou a D. João VI , nutrindo a Corte Portuguesa que era composta por 17.000 nobres, mandou o boi em pé e todos os mantimentos necessários, principalmente gado e roupas pois no Rio de Janeiro não havia alimento nem moradia para toda esta gente, a Corte Portuguesa passava grandes necessidades . D. João vendo a generosidade de Dª Joaquina , deu como retribuição, um cacho de bananas todo foliado em ouro e Dª Joaquina deu a ele um ananás (abacaxi do mato ) todo de ouro maciço .

Em 1822 Dª Joaquina ajudou também a D. Pedro I na Guerra da Independência , dando a ele gado para a alimentação das suas tropas .

Em 7 de dezembro de 1824 com 72 anos de idade a nossa matriarca veio a falecer de pneumonia , deixando para seus herdeiros , um milhão de alqueires de terra , mais de 1.000 escravos , 53.932 reses de criar , 9.000 éguas e 2.411 juntas de boi , seu latifúndio está hoje dividido em cerca de 200 fazendas importantes . A fazenda de Dª Joaquina abrangia várias extensões sendo as cidades hoje : Abaeté , Dores do Indaiá , Paracatu , Pitangui , Pompéu , Pequi, Papagaios , Maravilhas e Martinho Campos .

Dª JOAQUINA representa a fibra das MULHERES MINEIRAS daquele tempo , MULHERES que sozinhas ou com seus maridos ajudaram na formação do ESTADO E DO PAÍS.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Meus antepassados

Sendo espiritualista tento em vida reasgatar minha perolas do passado e de minha família, tudo que sei é o que minha avó materna sempre dizia que suas raizes estavam em Minas Gerais ela narrava todas as histórias contada nos livros de Sinhá Brada que ao ler fiquei chocada pois era como ouvir me minha mãe traduzindo as hstórias de minha avó.

Quem eu fui? quem eu sou? quem eu serei algum dia estou tentando descobrir!


Andréia Campos